Com a filiação de novos sindicatos, Central amplia sua presença no estado de São Paulo

 

Na quinta-feira (24), véspera da abertura do 16º Congresso Estadual da CUT (CECUT), uma assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), na região da Santa Cecília, na capital paulista, aprovou o retorno da entidade à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O  presidente da CUT-SP, professor Douglas Izzo, o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, que foi vice-presidente da CUT-SP, e o secretário de Organização e Política Sindical da CUT-SP, Hélcio Marcelino, acompanharam a assembleia.

“É muito importante vocês estarem conosco na CUT porque uma das coisas que iremos organizar no próximo período é o ramo da Comunicação, pois hoje não temos uma federação no estado de São Paulo e, com a volta do Sintratel, será possível se organizar, articular e fortalecer a luta desse segmento dentro da nossa Central”, disse Izzo.

O presidente completou: “E a chegada de mais um sindicato na base da nossa gloriosa CUT, que nacionalmente chega aos 40 anos de fundação, reforça que estamos no lado certo, defendendo a democracia, os direitos e uma sociedade mais justa e igualitária, pois é esse o papel de uma central sindical”.

“Quando a CUT fala do sindicalismo do século 21, entendemos que esse é o papel de uma central sindical: proteger não apenas nós trabalhadores de telemarketing, mas também aqueles que estão desprotegidos, como são os trabalhadores por aplicativos. Esses trabalhadores que, diferente de nós, não têm registro em carteira, devem ser a prioridade de todos aqui. É importante que a CUT nos ajude a regulamentar a nossa profissão e a discutir e combater a automatização, pois precisamos trabalhar, precisamos regulamente o trabalhador de chat”, falou o presidente do Sintratel, Marco Aurélio Coelho de Oliveira.

Marcolino lembrou da atuação que garantiu o retorno do Sintratel à CUT, falou do papel da central sindical. “O retorno à CUT é muito importante, pois representam uma categoria que tem muitos jovens, o que será importante para garantir a renovação dos nossos quadros de dirigentes que são trabalhadores e trabalhadoras de diversos segmentos”.

O deputado reforçou, ainda, que seu mandato está comprometido com a luta pela regulamentação profissional da categoria. “Vamos agora, junto com a CUT, defender essa categoria e trabalhar para atender as necessidades dessas novas funções do telemarketing e garantir os direitos de todos e todas”.

Já Hélcio Marcelino falou sobre a luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora e comemorou a disposição do Sintratel em contribuir na luta em defesas dos trabalhadores de aplicativos. “Os governos do golpista Temer e de Bolsonaro atacaram os direitos dos trabalhadores, permitindo o surgimento de aberrações. Muitas empresas no ramo de telemarketing começaram a desrespeitar a pausa para descanso, comprometendo a saúde desses trabalhadores e os explorando cada vez mais. Mas me deixa muito contente saber que estão conosco nessa luta”, concluiu.

 

CUT amplia presença no estado de SP

Com 39 anos de fundação celebrados neste ano, a Central Única dos Trabalhadores em São Paulo (CUT-SP) dá boas-vindas aos novos sindicatos que formalizaram filiação à Central nesta gestão que se encerra no 16º CECUT, união que garantirá o fortalecimento da luta em torno das pautas da classe trabalhadora no estado e no Brasil.

Foram mais de dez sindicatos que se filiaram ou refiliaram, ampliando a base de atuação da CUT em São Paulo, que reúne mais de 300 entidades espalhadas na capital, região metropolitana, interior e litoral. Juntas, representam trabalhadores dos setores público, privado, do campo e da cidade.

As novas filiações no último período são do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Restaurantes de Araraquara e Região (Sinthoressara), Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Hospedagem, Gastronomia e Alimentos de São Carlos e Região (Sintshogastro-SCR), Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Mairiporã, Sindicato dos Servidores Municipais de Casa Branca e Região, Sindicato dos Músicos no Estado de São Paulo, Sindicato dos Condutores de Presidente Prudente e Região (Sintrattepp), Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Campos de Jordão; Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Sorocaba, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Mobiliário e Montagem Industrial de São José dos Campos e Litoral Norte (Sintricon) e Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing de São Paulo (Sintratel).

Há ainda cinco sindicatos em processo de retorno à CUT: Sindicato dos Servidores Municipais de São José do Rio Preto; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itápolis; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Fernandópolis; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cosmópolis e - Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas (vitória da Chapa Cutista).

Outros nove sindicatos devem formalizar em breve sua filiação à CUT: Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Mirassol; Sindicatos dos Empregados Rurais de Araraquara – SERA; Sindicatos dos Empregados Rurais de Barretos; Sindicatos dos Empregados Rurais de Mirassol; Sindicatos dos Empregados Rurais de Barra Bonita; Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Itapevi; Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de São José dos Campos; Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo – SINDJURIS / Ribeirão Preto e Região e Sindicato dos Servidores Municipais de Assis.

“Independentemente do tamanho de suas bases, todos os sindicatos que chegam à CUT, e os que estão por vir, são fundamentais para nos ajudar a ampliar a nossa atuação em várias regiões do estado de São Paulo. Importante lembrar que nesta gestão tivemos também a criação da FETE-SP (Federação Estadual dos Trabalhadores da Educação Pública no Estado de São Paulo) e a fusão da Federação dos Trabalhadores na Industria da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT-SP com a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (FETICOM/SP)”, destaca o professor Douglas Izzo, presidente da CUT-SP.

"2023 trouxe até aqui boas notícias para a nossa Central, pois foram apresentados pedidos de filiação de sindicatos importantes e estratégicos para a organização estadual e regional. Isso será fundamental para enfrentar os ataques do governo Tarcísio de Freitas e de muitas prefeituras com gestões alinhadas a projetos de redução do papel do estado, impedindo a geração de emprego e renda”, finaliza Hélcio Marcelino.

 

Fonte: CUTSP