Instituição afirma que a crise do coronavírus não terminou e que a concessão de apoio maior que o projetado no ano que vem é desejável para o Brasil

 

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pronunciou-se nesta segunda-feira (2) com relação à pandemia e seus impactos na economia.

 

Para a instituição, a continuidade da crise do coronavírus demanda que o apoio projetado no ano que vem seja ampliado e citou o Brasil como um país com esta necessidade.

 

Em documento divulgado nesta segunda-feira sobre crescimento no pós-covid para o G20, o FMI afirmou que:

 

“Um apoio maior que atualmente projetado é desejável no próximo ano em algumas economias (por exemplo no Brasil, México, Reino Unido, Estados Unidos) em vista das grandes quedas no nível de emprego nessas economias e grandes contrações fiscais projetadas”.

 

E que:

 

“Em economias onde o espaço fiscal é uma restrição, uma nova priorização dos gastos pode ser justificada. Para todas as economias, será importante monitorar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos e de saúde pública para garantir que o apoio não seja retirado rápido demais, mas mantido durante a crise”.

 

Isso porque, segundo a instituição, programas de transferência de renda “melhor direcionados” ou uma cobertura mais ampla de gastos com proteção social seriam importantes para assegurar um suporte adequado aos mais vulneráveis em alguns países, incluindo o Brasil.

 

A recomendação do FMI vem em meio à indefinição no Brasil sobre como o governo irá reestruturar um programa de transferência de renda após o fim do auxílio emergencial, previsto para dezembro.

 

O governo tem dado sinais de que pretende criar um novo benefício de transferência de renda – com valor mais alto que os R$ 190 concedidos, em média, pelo Bolsa Família, mas o programa ainda não está definido. A previsão por ora é de retomar a regra do teto de gastos em 2021, o que impede a manutenção do auxílio.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem se mostrado insensível ao cenário exposto pelo FMI e disse que até o fim do seu mandato não colocará em votação da prorrogação da emenda do estado de calamidade.

 

Fonte: Rádio Peão Brasil