Com base na análise de 40 produtos, a pesquisa concluiu que os preços tiveram uma variação média de 41,97%, ou seja, ficaram 29,44% acima da inflação oficial, divulgada pelo IGBE para o período da pandemia, que foi de 12,53%.O preço da carne bovina teve um aumento de 146,23% nos últimos dois anos, valor que indica uma diferença de 133,70% em relação à inflação. A variação coloca a carne como o produto que teve maior alta no período, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) divulgado na última semana.

"Os sucessivos aumentos nos preços mostram que a inflação sentida no bolso dos brasileiros quando vão às compras está muito acima da oficial, ainda mais se considerarmos que apenas quatro dos 40 produtos tiveram uma variação de preço menor que o IPCA”, explica João Eloi Olenike, presidente do IBPT.

De acordo com a pesquisa, o quilo da carne bovina nos últimos dois anos passou de R$ 19,90 para R$ 49. O aumento ajuda a compreender a queda no consumo de carne no Brasil, que é o menor em 25 anos, segundo dados da Conab divulgados em 2021

 A variação de preços foi significativa também para outros alimentos e produtos. A farinha de mandioca (kg) e o açúcar (Kg), por exemplo, apresentaram um aumento de 102,40% e 77,68%, respectivamente. Fora do segmento de alimentação, outros produtos também tiveram mudanças consideráveis em seus preços, como foi o caso do  papel higiênico (rolo), com um aumento de 89,16% e a argamassa (20 kg), com 60,18%.

Veja os alimentos que tiveram os maiores aumentos entre 2020 e 2021, segundo o IBPT:

Preços dos alimentos ficam acima da inflação   (Foto: Estúdio de Criação)

Preços dos alimentos ficam acima da inflação (Foto: Estúdio de Criação)

 

Fonte: Globo Rural