Nesta terça-feira (25/07) é comemorado o Dia Nacional de Tereza Benguela, heroína negra que viveu no século XVIII. Foi casada com José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho, também conhecido como Quilombo do Quariterê (a atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) até ser assassinado por soldados do Estado. Após a morte do companheiro, virou rainha e liderou o quilombo de negros e índios.

Tereza de Benguela é mais um dos nomes esquecidos pela historiografia brasileira, escrita por uma elite branca, de um país machista e patriarcal. Liderou a comunidade que abrigou cerca de 100 pessoas e resistiu à escravidão por duas décadas.

Tereza comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, que vivia do cultivo de algodão, milho, feijão, mandioca, banana, e da venda dos excedentes produzidos.

A “Rainha Tereza”, como era chamada, coordenou um forte aparato de defesa, com armas trocadas com os brancos ou roubadas das vilas próximas e articulou um parlamento para decidir em grupo as ações da comunidade.

 

O Quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído pelas forças de Luís Pinto de Sousa Coutinho. A população na época era de 79 negros e 30 índios.

Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data comemorativa foi instituída pela Lei n° 12.987/2014.

 

Fonte: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia