O Secretário Geral do Sintratel, Alex Boccia, na qualidade de membro eleito do Conselho do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CRST – da Zona Leste da cidade, foi um dos organizadores do debate realizado no dia 14 de julho na sede do CRST/Leste sobre um tema bastante associado a doenças ocupacionais, mas que nem sempre é denunciado: o assédio moral no trabalho.
O coordenador da Comissão de Igualdades de Oportunidades de Gênero, Raça, Etnia, de Pessoas com Deficiência e de Combate à Discriminação da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego - SRTE/SP, Jaudenir da Silva Costa, foi o palestrante e facilitador do debate que se deu entre os trabalhadores presentes.
Para Alex, o desafio é conscientizar os trabalhadores e as empresas para o problema do assédio moral e combater os agravos de transtornos mentais relacionados ao trabalho, com foco no atendimento às vítimas.
Atenção e Políticas Públicas
Contando com uma equipe multiprofissional formada por especialistas em assistência social, psicologia, psiquiatria e terapia ocupacional, o Núcleo de Saúde Mental e Trabalho (região Leste) atendeu 62 trabalhadores, a maioria (61%) em idade economicamente ativa, entre 31 e 50 anos. Vinte e um trabalhadores (34%) estão em licença médica, com diagnóstico de Assédio Moral.
“O quadro sintomatológico apresentado pelos trabalhadores inclui: crise de choro; comportamentos depressivos; isolamento social e até familiar; ideação suicida e/ou homicida; síndrome do pânico; baixa volição; anedonia; perda de auto-referência, entre outros sintomas” registra o relatório apresentado durante o evento. O desafio perseguido é a elaboração de ações e estratégias no âmbito da assistência pública (SUS), visando à atenção integral à saúde do trabalhador.
Os sindicatos são parceiros estratégicos para a criação de uma agenda intersetorial. O Sintratel está fazendo a sua parte, inclusive com a integração de parte de sua equipe sindical a alguns dos CRSTs de da capital paulista.