Opinião

Marco-2014-Opiniao-SiteA Campanha Salarial 2104/2015 trouxe conquistas para a categoria com a Convenção Coletiva que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano. O aumento real no piso salarial, que elevou o valor a R$ 800, foi a principal delas e vai no sentido da valorização da categoria.


Neste ano o Sindicato precisará de mais apoio ainda da categoria para garantir conquistas. É que ele atuará num cenário que a maioria dos analistas está apontando como difícil para os trabalhadores.
A Presidente Dilma foi reeleita na eleição presidencial mais disputada da história do país. Sua vitória foi o resultado dos avanços que ocorreram, principalmente nas regiões mais carentes do Brasil.
Mas tivemos também nos resultados das eleições mudanças que preocupam e exigem atenção. Como a composição da nova Câmara dos Deputados. O número de parlamentares conservadores cresceu e o de parlamentares em defesa dos trabalhadores(as) diminuiu.


A Presidenta tem muito a fazer em seu novo mandato. Os programas sociais devem ser reforçados no Norte/Nordeste/Centro Oeste. Eliminar as desigualdades regionais é uma necessidade. O diálogo com os trabalhadores através das Centrais Sindicais deve ser reforçado. É um dever discutir e negociar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora. Estes itens foram pontos da campanha eleitoral da presidenta e devem ser priorizados.


O fortalecimento do mercado interno, com oferta de crédito barato para a população e às empresas brasileiras pelos bancos públicos é outra política a ser aplicada.


Há muito também a ser feito para reduzir as desigualdades de renda, gênero, raça, trabalho, propriedade, etc. E urgentemente a aplicação de políticas públicas nas áreas da habitação, saneamento básico, saúde e educação. Toda a população deve ter garantido o acesso a uma educação de qualidade, desde a infância, para o desenvolvimento pleno da cidadania. A reforma tributária é outra urgência. O peso dos impostos no Brasil recai sobre o consumo, e não sobre a renda, e isso penaliza os trabalhadores. É preciso mudar. A reforma política e eleitoral também é mais que necessária. A última eleição mostrou que é preciso ampliar a democracia e a participação popular e eliminar o financiamento das campanhas pelas empresas. É preciso, ainda, promover a democratização dos meios de comunicação no país.


A Diretoria do Sintratel vai mobilizar a categoria em suas lutas específicas. E também somará às Centrais Sindicais e às demais forças que estão unidas nas reivindicações junto ao novo governo em busca do atendimento da pauta dos trabalhadores(as). Vamos organizar a luta para que isso aconteça e se contrapor a qualquer retrocesso dos direitos conquistados, além de continuarmos o combate à todo tipo de intolerância e discriminação na nossa sociedade.

 

Autor: Marco Aurélio Coelho de Oliveira - Presidente do Sintratel

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