Opinião

Faltando pouco mais de um mês para acabar o mandato pinguela do presidente Michel Temer, ele conseguiu provar de que era mentiroso todo o seu discurso de que era preciso cortar gastos para alcançar uma espécie fantasiosa de controle dos gastos públicos.

Essa retórica falaciosa fez com que este governo vendesse para a população a necessidade de abrir mão de seus direitos às custas de um equilíbrio fiscal que nunca existiu e assim, empurrou goela abaixo das pessoas mais pobres uma série de reformas antipopulares e extremamente prejudiciais para a sociedade afirmando que o país estava quebrado, que isso era culpa dos governos populares que passaram pela presidência do País, contudo, no apagar das luzes sancionou, nesta segunda-feira (26), de forma criminosa, um polpudo aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os ministros do STF, que já ganhavam tão pouco, tiveram um reajuste de 16% sobre um salário de fome de R$ 33 mil reais, passando esse vencimento para R$ 39 mil. Pobres coitados.

O problema é que esse reajuste sofre uma espécie de efeito cascata, já que o salário de ministro do supremo funciona como teto para o serviço público, o que causará um aumento automático para a magistratura e para integrantes do Ministério Público.

Segundo estimativa feita por consultorias da Câmara e do Senado Federal, o reajuste para ministros do Supremo terá um impacto de R$ 1,375 bilhão nas contas da União no ano que vem (R$ 4 bilhões incluindo estados e municípios).

Um impacto muito alto para os cofres públicos se pensarmos que este benefício corresponde apenas para 11 seres abençoados por Deus, em contra partida, além do presidente Bolsonaro já anunciar que deseja aumentar esse número para 21 pessoas, ele insiste em afirmar que o que causa o desiquilíbrio nas contas públicas é a aposentadoria de trabalhadores e trabalhadoras que recebem um (01) salário mínimo por mês, querendo agora aprovar uma reforma da previdência que terá efeitos incalculáveis para a população mais pobre.

Não podemos aceitar essa situação!

Marco Aurélio Coelho de Oliveira – Presidente Sintratel

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