Opinião

Neste último sábado (29), diversas mulheres brasileiras deram uma enorme demonstração de força, garra e coragem ao enfrentarem diretamente o extremismo, o fascismo e todo ódio que vem polarizando os discursos retrógrados carregados de racismo, homofobia, machismo e tantos outros estigmas carregados de preconceitos, ainda mais marcantes nestas eleições de 2018.

É preciso haver mudanças significativas no nosso país, principalmente nos retrocessos que vivenciamos abruptamente nestes dois últimos anos. Contudo há de se respeitar a democracia, respeitar as escolhas pessoais, independente da sua raça, credo ou orientação sexual, e respeitar, acima de tudo, o direito a vida e a dignidade humana, princípios básicos dos direitos humanos.

Está difícil entender o que estamos presenciando ultimamente, ou não (como diria Caetano), dependendo do ponto de vista de cada um. Pois se fizermos apologia às drogas, certamente poderemos, e seremos presos, enquadrados no artigo 287 do Código Penal, que diz: “Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa”. Mas quando um candidato ou seus familiares fazem apologia ao crime de tortura, ou fazem declarações racistas, nada lhes acontece? 
No mínimo é de se causar muito estranhamento, sem falar na indignação que nos paira.

Na semana passada, a imagem de uma pessoa sangrando, com um saco plástico na cabeça e os dizeres #ELENAO circulou nas redes sociais, numa clara apologia a um crime previsto na LEI (Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997) num tremendo desrespeito, visto as atrocidades que o período da Ditadura proporcionaram em nosso país. Fatos que fazem reforçar a ideia do ditado popular: “pau que bate em Chico, não bate em Francisco”, reforçando também a seletividade no cumprimento da lei. Onde para alguns, é tão rígida, já para outros, inexiste.

Por esses e outros motivos precisamos parabenizar essas aguerridas mulheres que pintaram as ruas de lilás para lutar contra esse discurso que não condiz com a democracia do nosso país.

Nosso país é maior que essas palavras de ódio, e as mulheres, os índios, os quilombolas, os homossexuais e todos que participaram nestes protestos que ecoaram Brasil afora, mostraram que são protagonistas e que têm um peso enorme em todo o processo de cidadania e, consequentemente, eleitoral. 

Resumindo: às urnas no próximo 07 de outubro referendar a Democracia, o Progresso, a revogação da Reforma Trabalhista, o direito de poder se aposentar dignamente, de sermos senhores e senhoras do nosso próprio corpo, mas principalmente, pelo combate veemente aos retrocessos e aos atrasos. Precisamos novamente trilhar um futuro cheio de luz e esperança para que não sejamos apontados, mais uma vez, como a geração perdida. 

Ainda há tempo, estude seu candidato, veja quais são suas propostas e o que elas podem de fato fazer diferença na sua vida e de seus entes queridos. Afinal, votar é exercitar a cidadania, já escolher bem, é agir com consciência.  

Marco Aurélio Coelho de Oliveira – Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing
Sintratel-SP

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