Mundo Sindical

Educacao-Reforma-2O movimento espontâneo dos estudantes que ocuparam as escolas em protesto contra a "reorganização" do governo de São Paulo começou a dar resultados.

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, anunciou o adiamento da reorganização escolar na tarde desta sexta-feira (4). O anúncio foi feito em coletiva para jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. 

Clqiue aqui e veja vídeo sobre a reorganização

"Alunos continuam nas escolas que estudam. Os debates serão feitos em 2016", disse. "Recebi e respeito a mensagem dos estudantes e seus familiares em relação à reorganização. Por isso decidimos adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola", acrescentou.

Anunciada no final de setembro, as medidas propunham escolas de ciclo único e encontraram forte resistência de professores e alunos - há cerca de 200 escolas ocupadas e estudantes fecharam as principais vias da capital durante esta semana.

Na manhã de 4 de dezembro, estudantes fecharam o cruzamento das avenidas Faria Lima com Rebouças e também da avenida Paulista com rua Consolação. Em ambos os protestos, a PM jogou bombas de efeito moral para desbloquear as vias.

Uma pesquisa do Datafolha apontou a queda de popularidade do governador de São Paulo, com os piores resultados de sua gestão. Apenas 48% aprovam seu mandato (contra 69%, em seu melhor momento). Por outro lado, 30% dos paulistas classificam seu governo como ruim ou péssimo.

O vice-governador, Márcio França (PSB), se declarou a favor de suspender a reorganização também na manhã de hoje.

Reorganização

A medida previa o fechamento de 92 escolas e reorganizava as restantes por ciclo único. Desse modo, estudantes do ensino fundamental ficam em unidades diferentes do ensino médio.

Na última terça, o governo do Estado de São Paulo publicou um decreto que permitia a transferência de servidores entre as unidades da reorganização -- esse foi o primeiro passo legal para a implantação do programa.

Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores têm realizado protestos em vários pontos do Estado. Eles argumentam que o objetivo da reestruturação é cortar gastos e temem a superlotação das salas de aulas, além de alegarem a ausência de diálogo durante o processo.

Desde o início de novembro, cerca de 200 escolas foram ocupadas por estudantes. Nesta semana, eles fecharam as principais avenidas da capital paulista. 

Fonte: UOL

 

O governo e a polícia de São Paulo têm dado lições aos estudantes.

De física: porrada.

Química: composição de bombas de gás.

Português: de eufemismo, ao tucanar o fechamento de escolas embalando-o com o rótulo “reorganização''.

História: com exemplos do que é a intolerância _violência contra ideias_ típica do fascismo.

Biologia: levando às ruas uns seres primitivos dispostos a resolver a controvérsia no braço, e não nos argumentos.

E por aí vai.

Compromisso com a educação de qualidade é isso aí…

Fonte: Blog de Mário Magalhães

 

Estudantes não confiam em Alckmin e mantém da ocupação até que a a reorganização seja cancelada

Os estudantes que protestam contra a reorganização escolar, que seria implementada em 2016, decidiram, em assembleia realizada na E.E. Alves Cruz, que vão manter as ocupações nas escolas estaduais. A decisão acontece após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar o adiamento da medida em coletiva realizada no início da tarde de sexta (4/12) no Palácio dos Bandeirantes.

Dentre as reivindicações para a saída das ocupações, os estudantes exigem o cancelamento da reorganização, um cronograma fixo de audiências públicas e punição aos policiais que agiram com truculência.

Querem, ainda, nenhuma punição aos professores, pais, alunos, funcionários e apoiadores do movimento. Haverá um ato das ocupações às 17h do dia 9 de dezembro, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo).

Essa foi uma reunião do Comando Geral das ocupações, prevista para começar às 18h30. Contudo, os estudantes só se pronunciaram por volta das 20h40. Os jornalistas presentes não puderam fazer perguntas.

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