Mundo Sindical

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) lamenta a tragédia ocorrida, no sábado (09), em Foz do Iguaçu (PR), que vitimou o guarda municipal Marcelo Arruda, filiado ao PT e que comemorava seu aniversário de 50 anos.
Arruda foi morto pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu a festa aos gritos "aqui é Bolsonaro”.


Este é um fato muito preocupante e que materializa o discurso de ódio que se faz presente na nossa sociedade e, constantemente, é endossado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro que, desde a sua campanha de 2018, defende a livre comercialização de armas de fogo, divide os cidadãos entre quem é mais brasileiros que os outros e, acima de tudo, prega a intolerância política ao afirmar que as pessoas que não pensam como ele ou não o apoiam são inimigos.


O que ocorreu com Marcelo, foi o resultado de uma tragédia anunciada e incentivada com palavras e atitudes que, em nenhum momento, buscam estimular a paz, valorizar a vida ou construir uma sociedade mais justa e humanitária.


Este discurso de ódio não traz nada de útil para a nossa sociedade, não contribui para o crescimento do país, não gera empregos, mas colabora diretamente para o aumento da miséria, beneficiando apenas uma pequena parcela mais abastada da população, em detrimento da grande maioria das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade.


É preciso se atentar com as eleições deste ano, pois essa polarização potencializada por esse discurso de intolerância e o aumento da comercialização das armas de fogo no país, fazem do Brasil um imenso barril de pólvora prestes a explodir.
A partir deste fato lastimável é preciso que haja uma ação efetiva para que casos como esse sejam evitados, para que o Brasil tenha eleições seguras e que seja respeitada a vontade soberana da população, expressa pelo resultado das urnas.


Dentro do estado democrático de direito não existe espaço para a intolerância e o desrespeito. Apesar do presidente da república escrever em redes sociais “...Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores...”, sic, ao longo da sua administração suas atitudes e suas palavras sempre incentivaram o contrário, por isso acreditamos que essa atitude, vinda da autoridade máxima do nosso país, resultou no assassinato de Marcelo e de tantas outras pessoas, que não tiveram a mesma repercussão na mídia, mas que lutavam por um ideal, seja pela preservação ambiental, em favor dos povos indígenas, entre outros.


Para a UGT é preciso que haja um processo investigativo não contaminado por essa polarização política, que sejam adotadas as devidas providências para que se evite novos casos como esse, fortalecendo assim a democracia do nosso Brasil.

 

Ass. Diretoria UGT

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