Mundo Sindical

A rede de fast food McDonald's foi alvo de protestos em São Paulo no dia 14 de abril.

MacdonaldsDe acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Restaurante, que organizou a mobilização, o ato faz parte de uma campanha mundial contra  desrespeito a direitos trabalhistas, como acúmulo de função, falta de equipamentos de proteção individual, assédio moral e salários inferiores ao mínimo. 

Houve protestos também em outros países, como França e Estados Unidos.

Passeata na avenida Paulista

A concentração do protesto em São Paulo começou por volta de 10h no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), e seguiu em passeata em direção à praça Ramos de Azevedo, no Centro, onde há uma lanchonete da rede.

O ex-funcionário do McDonald's Lucas da Cruz Marques, 20, disse à Agência Brasil que trabalhou como atendente na empresa no turno da madrugada. Ele afirmou que acumulava outras funções, como recebimento de cargas e manuseio de produtos químicos, por vezes sem equipamento de proteção adequado. "Ficava até duas horas numa câmara fria, usando só um jaleco."

Marques diz, ainda, que o intervalo durante a jornada de trabalho não era respeitado e que alguns funcionários recebiam salário abaixo do mínimo. "A gente tinha que comer um lanche sem cumprir uma hora de almoço; eram 15 minutos. Mas batia a marcação como se tivesse descansado por uma hora", disse.

Rafael Costa da Silva, 27, disse que trabalhou por 5 anos no McDonald's e que chegou ao cargo de gerente. Ele afirma ter ficado doente em razão do descumprimento de normas trabalhistas. "Quando fazia o fechamento, mexia na chapa quente, fazia troca de óleo, sem o equipamento necessário. As botas não tinham uma limpeza correta e escorregavam. O casaco da câmara fria, de menos 21 graus, fedia. O gerente me pedia para entrar na câmara, não tinha tempo para pôr o casaco, eu colocava só um jaleco quente da chapa e entrava. Tive princípio de pneumonia", disse.

Fonte: UOL

 

0
0
0
s2smodern

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar