Missão do Ministério da Saúde foi enviada a Roraima para apurar denúncias de desnutrição entre Yanomamis. Reprodução Redes Sociais

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A omissão, negligência, descaso ou incompetência generalizada, em diversas áreas do então governo de Jair Bolsonaro, fizeram com que o ex-presidente fosse chamado de genocida e, as imagens impactantes da tragédia humanitária dos Yanomami, em Roraima, não podem ser encaradas como apenas mais uma cena do horror que o Brasil vivenciou a partir de 2019.

 

O que, para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), é um crime contra a humanidade, já que a central sindical tem, como uma das suas pedras fundamentais, a defesa dos povos originários, tendo como  secretário Nacional de Assuntos para os Povos Indígenas, Idjawala Rosa Karajá, representante da Aldeia Canuanã, da Ilha do Bananal, no Tocantins.

 

De acordo com a Hutukara Associação Yanomami, o governo Bolsonaro ignorou ao menos 21 pedidos de ajuda, o que culminou, segundo informações do site Metrópole, em pelo menos 570 mortes de crianças yanomamis em decorrência de desnutrição nos último quatro anos.

 

Para piorar ainda mais a situação, as investigações preliminares, em decorrência aos gastos do cartão corporativo da presidência da república apontam gastos de R$ 163 mil durante uma visita, no dia 26 de outubro de 2021, a um garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, ou seja, o então presidente consumiu quase 200 mil reais de verba pública para visitar garimpeiros ilegais e não se deslocou para ver as consequências dessas atividades predatórias para a saúde e bem estar os povos originários.

 

Neste domingo (22), a palavra "genocida" ficou no trending topic, os assuntos mais comentados do Twitter, e não é para menos, pois a mulher Yanomami, comunidade Kataroa, fotografada em estado grave de desnutrição não resistiu e veio a óbito, contabilizando mais um vítima da desastrosa política adotada pelo governo Bolsonaro.

 

Este foi um caso que veio à tona, mas o Brasil é um país continental, o que propicia a existência de crises sanitárias parecidas em outras regiões da federação.

 

Para a UGT, ao adotar e defender políticas desastrosas que possibilitaram situações como essa, que vimos com o povo Yanomami, Bolsonaro e sua equipe feriram o princípio da dignidade da pessoa humana, que é um dos fundamentos basilares do Estado Democrático de Direito, nos termos do artigo 1º, III da Constituição Federal.

 

Diante disso, investigações precisam ser aprofundadas e culpados devem ser punidos com todo o rigor das leis brasileiras e internacionais de direitos humanos. Não podemos aceitar que pseudos governantes extremistas coloquem sua ânsia pelo poder e pelo dinheiro acima do bem estar de toda uma nação.

 

Ricardo Patah – presidente Nacional da UGT

Idjawala Rosa Karajá - Secretaria Nacional dos Povos Indígenas

Sidnei De Paula Corral - Secretaria de Integração para as Américas

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