Foto: Twitter Cancillería de Cuba

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O discurso de Cuba, no segundo dia de sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU (1º de março), foi marcado por críticas a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aos Estados Unidos. Um dos poucos países aliados da Rússia, Cuba condenou as sanções aplicadas ao país chefiado por Vladimir Putin e acusou a Otan de agir com “hipocrisia” na condução da guerra com a Ucrânia.

 

“Cuba rejeita essa hipocrisia e esse duplo padrão na postura da Otan. Em 1999, houve uma agressão à Iugoslávia e os países da Europa não evitaram a grande perda de vidas por razões geopolíticas.. Os Estados Unidos usaram a força em várias ocasiões em países soberanos para alterar regimes, interferindo na política interna de outros países”, disse o embaixador cubano, Pedro Luís Pedroso Cuesta.

 

Ainda na avaliação do cubano, os Estados Unidos tratam milhões de habitantes dos países invadidos como “efeito colateral” e acusou o governo norte-americano de realizar “guerras de pilhagem e saques”.

 

Outro ponto destacado por Pedro Cuesta foi a minuta de resolução defendida na ONU pelas potências ocidentais em relação à situação da Ucrânia. Segundo ele, o texto, vetado pela Rússia no Conselho de Segurança nos últimos dias, não foi feito para trazer soluções. O embaixador cubano defendeu que o documento sofre dos mesmos defeitos e da falta de equilíbrio. “Não leva em conta a soberania de todas as partes, nem reconhece a responsabilidade daqueles que perpetraram as ações agressivas que aumentaram a escala desse conflito”, criticou.

 

O representante de Cuba encerrou a fala ressaltando que o país defende uma solução diplomática do conflito: “Nós queremos negociações, e não guerra. Essa é a única forma de resolver esse conflito. Cuba vai continuar defendendo a solução diplomática, que seja séria, construtiva e realista”, garantiu.

 

O objetivo da sessão é “que os 193 membros da ONU se posicionem” sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre “a violação da Carta das Nações Unidas”. A votação deve acontecer amanhã (2), após discursos de todos países-membros inscritos.

 

O encontro extraordinário da ONU em caráter emergencial é raríssimo. Desde a fundação do grupo, em 1945, foram somente 11. Esta é a primeira vez desde 1982 que o Conselho de Segurança pede uma sessão da Assembleia Geral. O pedido ocorreu depois que a Rússia vetou na última sexta-feira (27) um rascunho da ONU, a Resolução do Conselho de Segurança que teria condenado a invasão a Ucrânia.

Assista aqui o discurso de Pedro Cuesta:

Fonte: Agência Brasil

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